10 de janeiro de 2007

Cepo de Natal e Ano Novo - 2006 / 2007

Cepo de Natal e Ano Novo

Tradição que se preze, volta e é renovada.

Aí tivemos o Cepo de Natal e Ano Novo. Desta vez com cepos propriamente ditos. Começou logo a 23 de Dezembro, com um enorme cepo que proveio de degolado eucalipto. Chegou com terra agarrada às raízes, assim como se não quisesse deixar esta vida. Pesava mais de quatro mil quilos e foi precisa uma grande máquina, da fábrica de serração de madeiras, para o carregar até ao Largo da Capela. Posto no sítio, ficou em posição tal que mais parecia uma anta, daquelas tipo “arcaínha” ou, até, como terá sido uma outra anta que existiu até finais do século XIX onde agora é a Mata, por trás da Escola. Mais cepos vierem juntar-se-lhe, mais pequenos mas igualmente agarrados a terra que se foi amontoando, ao lado. Botou-se-lhes o fogo. Pressurosas se amontoaram também uma ramadas secas que rapidamente transformaram fogo em crepitante fogueira.

Fez-se o Cepo de Natal e Ano Novo e as Pessoas vieram a venerá-lo, à sua volta.

Estiveram muito frias algumas noites das mais chegadas ao Dia de Natal. Volta e meia, meia volta, e volta a meio-rodar, para se aquecer o corpo todo, embora por partes... Por alturas da passagem de ano não houve frio como ele se esperava. Aliás, até houve temperaturas exageradamente altas para a época.

Em várias dessas noites, a tradição consumou-se em torno do “sacrifício” de quilos e quilos de chouriças, ou “choiriças” como ainda se diz por cá. Assadas ou grelhadas nas brasas “roubadas” ao Cepo. Duas dessas chouriças – confeccionadas especialmente para a ocasião – mediam mais de um metro, cada uma! E, claro, correu pela goela abaixo o bom tinto que se providenciou. Chegaram a estar, noite adentro, ao mesmo tempo, mais de trinta pessoas em diferentes grupos, mas todas convergindo no mesmo tipo de pitéu, embora com frequência “entremeado” com umas “febras” de porco. E talvez porque o tinto fosse “marrão” ( ou inspirador) uma dessas vezes até houve um afinado coro de vozes masculinas que entoou canções populares até às quatro da madrugada – e não foi só entoada a conhecida cantiga do “passarinho cantou”…

Esvaneceu-se o Cepo, pelos Reis. Fica a recordação na nossa memória colectiva. Criámos mais um espaço para o convívio comunitário, afinal para partilhar frios e aconchegos. E a satisfação de estarmos vivos, juntos e solidários, pelo menos por mais um ano!

Jano

9 de janeiro de 2007

Noite de Fim de Ano na União Desportiva e Tuna Vilafranquense - 2006/2007

A União Desportiva e Tuna Vilafranquense realizou uma grandiosa Noite de fim de Ano.

Pelas vinte horas começaram a chegar os primeiros foliões da noite. O jantar (arroz de feijão, batata frita, lombo assado e salada que estava simplesmente divinal) foi servido num ambiente familiar e acolhedor.

A alegria estava estampada no rosto de cerca de cento e cinquenta pessoas.

Depois do repasto os mais atrevidos aventuraram-se no karaok. Um dos grandes momentos da noite, foi quando o senhor Alexandre Marques cantou e encantou todos os presentes, com um fado. Quem não teve coragem para mostrar os seus dotes vocais, divertiu-se a dançar.

Foi muito animada a passagem para o Ano novo, com fogo de artifício, chuva de serpentinas papelinhos, e claro muito champanhe, como manda a tradição, entre abraços, beijos e votos de um bom Ano.

A festa continuou pela noite fora, onde os mais novos tiveram direito a um espaço especial, com música apropriada para a sua idade. A confraternização entre as várias faixas etárias e diferentes classes sociais foi o mais bonito de se ver! Mais parecia a reunião de uma grande FAMÍLIA!

Ao Miguel Figueiredo, ao Marques Narciso e à sua simpática esposa, a assim como toda a Família (Músico), e às senhoras que confeccionaram o saboroso jantar; Mila Marques e Nícia Ferrão, e a todos que participaram e ajudaram, o nosso obrigado, pela organização, pelo seu empenho e trabalho para que tudo corresse bem.

O nosso agradecimento por nos terem proporcionado esta GRANDE NOITE!

DE OLGA RODRIGUES